Discutir sobre o tema tão polemico como pedofilia requer um olhar interdisciplinar sobre o assunto, ou seja, o tema presente requer uma atenção especial por várias áreas do saber como psicologia, pedagogia, sociologia, bem como a informática, pois a internet é um instrumento muito, e porque não o mais, utilizado para a prática do ato pedófilo.
Em primeiro lugar é importante conceituar o que seria pedofilia. Este termo, pedofilia é normalmente definida como um transtorno psicológico em adultos, em termos técnicos, é um “distúrbio de preferência sexual”. Podemos definir a pessoa que pratica a pedofilia como aquele que sente atração e/ou excitação sexual, em virtude do contato, seja ele físico, ou com imagens de crianças, ou préadolescentes. Em geral os pedófilos são homens já de idade, os quais usam a internet, em especial sites de relacionamentos, para criarem um perfil de adolescente, coma intenção em atrair pessoas dessa faixa etária. A internet se tornou um mecanismo rápido e prática para esse tipo de atrativo, visto que inicialmente, o que é digitado em uma perfil de um site de relacionamento por exemplo, é o que supostamente a pessoa é de fato, mas cada pessoa cria da maneira que entender; então criar qualquer perfil na internet o qual seja um tanto atraente para esse tipo de publico, é um método rápido, prático e ao mesmo tempo, menos perigoso para os pedófilos. A principal base para se combater o grande avanço que se tem em pedofilia, principalmente no campo da internet, sempre foi e sempre será a comunicação eficiente entre pais e filhos, esta é a chave para evitar um problema, principalmente quando se trata sobre pedófilos na internet. Os pais tem o dever e a obrigação em averiguar e investigar quais páginas seus filhos visitam na internet, em especial estes os quais são alvos fáceis, os mais retraídos, solitários, que se prendem muito no quarto em frente ao computador, a exigência dos pais em saber o que os filhos estão fazendo quando online é e suma importância. Se os filhos têm o conhecimento de que os pais estão interessados em saber sobre o que está acontecendo na sua ausência, os filhos tendem a ser mais cuidadosos, ficam um tanto propensos a evitar sites os quais eles sabem que supostamente poderiam ser reprovados pelos pais.
Um dado importantíssimo a ser levado em consideração, foi um mostrado por uma organização não governamental, a SaferNet, o qual diz que O número de páginas denunciadas por divulgação de pedofilia e exploração sexual de crianças dobrou entre 2006 e 2007 no Brasil. O avanço da tecnologia da internet, bem como sua praticidade permite que os pedófilos trovam de informações entre ambos sobre as crianças, como se fosse um tipo de fórum organizado, com isso ao capazes de se reunir em salas de bate-papo online, com o objetivo de educar um ao outro, se orientando, trocando informações de como agir, isso inclui ensinamentos de como satisfazer, atrair e explorar crianças, bem como atrais os pais de suas vitimas em um falso senso de segurança sobre a sua presença dentro do seio familiar, geralmente netas redes, os termos que os pedófilos usam para se identificar variam entre "boy-lover", "girl-lover", "childlover". Tornou-se uma evolução da atividade de pedofilia.
Devemos refletir sobre certa contradição nesta relação entre internet e pedofilia, pois ao mesmo tempo em que esta (internet) amplifica o acesso a conteúdos ilegais, e a prática de atos criminosos, com maior facilidade em praticá-los por este meio de comunicação, a internet também oferece os meios para descobrir e mapear as redes criminosas, ou seja, é um instrumento se suma importância para combater os atos criminosos cometidos pelos infratores.
Autor: Jaiderson Gadelha Guedes Nascimento