Tecnologia e criança: uma faca de dois gumes.

Há muito tempo se sabe que da importância do brincar para uma criança. Esta é uma experiência cujos benefícios são bastante evidentes e que ultrapassam os limites físicos e sociais, influenciando também em outros aspectos, como o cognitivo e psicológico, por exemplo.

            Hoje, sabemos que muitas crianças vivem esta experiência do brincar de uma forma bem diferente das de um curto tempo atrás. Com o advento das novas tecnologias, o brincar infantil passou a ter uma nova roupagem que muitas vezes não permitem o mesmo estimulo que produzem uma brincadeira comum. E isto tem trazido algumas conseqüências que necessitam ser averiguadas.

Segundo um estudo realizado pela AVG – a conhecida fabricante de softwares antivírus – denominado de estudo Digital Diaries, os pequenos conectados já sofrem consequências por este comportamento, podendo acarretar em atraso do desenvolvimento das funções motoras. Isto porque, em vez de aprender a nadar, soltar pipa ou amarrar os próprios sapatos, estas crianças estão aprendendo a navegar por aplicações nos smartphones dos pais, usando computadores ou videogames nas horas vagas.

E o que isso quer dizer? Talvez a influência da tecnologia no aprendizado das crianças seja positiva, mas a mudança radical de ambiente inspira cuidados diferentes. A introdução de novas tecnologias e o monitoramento do seu uso devem ser feitos cautelosamente pelos pais, ou isso pode ser uma influência negativa ao invés de positiva, tornando assim uma faca de dois gumes.

Escrito por: Adriana do Socorro Guedes de Almeida – 9 PSM